Falta de transparência marca gestão de Mendanha em Aparecida de Goiânia
02/05/2022 16:49 em GOVERNO DE GOIÁS

Relatório do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás aponta Aparecida de Goiânia em 147º no ranking geral

Em seu último relatório, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) apontou Aparecida de Goiânia entre os 206 municípios goianos que tiveram os portais de transparência classificados como “irregulares”. Com isso, a segunda mais populosa cidade do Estado foi uma das últimas colocas no ranking de transparência, figurando na 147ª posição, a pior colocação em toda sua história.

FONTE: Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás

Para especialistas, essa queda se deu desde que o ex-prefeito Gustavo Mendanha (Patriota) “leiloou” a gestão em sua última eleição, em 2020. Para garantir o apoio de praticamente todos os partidos da cidade, o ex-prefeito entregou indiscriminadamente pastas importantes aos partidos aliados. Mendanha renunciou ao mandato no final de março para se candidatar ao governo. 

“Como os critérios foram mais políticos do que técnicos, muitos cargos, hoje, são preenchidos por pessoas indicadas que, muitas vezes, nem sabem o que fazemos lá”, afirmou um funcionário da Prefeitura que pediu para não se identificar, com receio de sofrer represálias. 

Essa queda acentuada no ranking do TCM coloca em dúvida também a tão divulgada ‘Gestão Tecnológica’ no município. Profissionais em Gestão de Tecnologia da Informação alertam que não é possível a utilização de ferramentas facilitadoras da comunicação sem acesso fácil e real às informações da gestão. 

O TCM, por sua vez, informou que sua avaliação é técnica e segue os critérios adotados em todo o país, avaliando a eficácia e a transparência dos governos municipais, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia, agora sob o comando do prefeito Vilmar Mariano (Patriota), ainda não se pronunciou sobre o relatório divulgado pelo TCM. O fato é que Aparecida de Goiânia, depois de muitos avanços conquistados nas duas gestões de Maguito Vilela (entre 2009 e 2016), agora parece caminhar para tempos incertos.

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