A participação feminina na Secretaria Municipal de Comunicação de Águas Lindas chega a 70% do quadro de funcionários, o caminho na luta pelos direitos das mulheres ainda é motivo de grande discussão da política brasileira.
Mesmo ainda sendo minoria do cenário político e dos mandatos eletivos, o protagonismo das mulheres desafia o sistema. Em roda de debate, realizado com as mulheres que atuam na Secretaria de Comunicação, ocupando 70% do quadro de funcionários, é possível identificar que existem muitos obstáculos que a mulher enfrenta no espaço político.
Para o Secretário Municipal de Comunicação, Marcos Alexandre, é de suma importância que as mulheres ocupem cada vez mais espaço no poder público.
“É uma honra poder trabalhar com tantas mulheres, isso significa mais democracia e representatividade para a nossa Secretaria, que elas ocupem cada vez mais todos os espaços de formulação política, essa participação é fundamental nas ações decisórias de toda esfera de poder”, defendeu.
De acordo com a Repórter e Social Media, Ana Márcia, ainda é preciso percorrer um longo caminho para a igualdade de gênero no poder público, mas reitera que é inspirador trabalhar ao lado de mulheres fortes que já nasceram com o poder de liderar na veia. “Impossível empoderar quem já nasceu poderosa”, completou.
Já a Chefe administrativa e social media, Darla Sthefany, acredita que as mulheres precisam ter interesse em participar da política, cargos políticos ou em movimentos sociais e compreender que é necessário lutar pela conquista de novos direitos.
A chefe de Gabinete, Débora Quintino, afirma que se sente privilegiada em trabalhar com tantas mulheres fortes e destaca a evolução das mulheres nos cargos públicos.
“Agora podemos ocupar postos e lugares que por muito tempo foram tido somente pelos homens”, ponderou.
A Secretária e Cerimonialista, Libia Jessica, diz ser gratificante trabalhar com a maioria sendo mulher, em um cenário bem diferente do que se costuma ver dentro do poder público.
Gabrielly Pereira, que atua como chefe de Departamento de Comunicação, destacou a importância da união entre as mulheres.
“Eu acredito que é importante nós mulheres sempre levantarmos umas às outras, isso faz toda a diferença aqui na Secom, temos uma parceria e acredito que torna o trabalho mais leve e eficaz”, completou.
Segundo a auxiliar de serviços gerais, Ana Lídia, a mulher tem mostrado que consegue desempenhar várias funções de forma exemplar.
“Temos desempenhado de forma excelente o nosso papel no mercado de trabalho, mesmo com as inúmeras funções que acumulamos, como ser mãe, dona de casa e esposa, fazemos tudo isso com amor e dedicação”, considerou.
A auxiliar de cozinha, Val Aguiar, reforçou que é necessário que haja igualdade salarial entre gêneros e questionou que a remuneração das mulheres ainda é inferior se comparada à dos homens. “É preciso atender a igualdade salarial”, completou.
“Nós precisamos nos unir e buscar forças com muitas”
A apresentadora e escritora da Secom, Ilda Furakão, está na luta pela igualdade de gênero há muitos anos, e aborda sobre o tema no seu programa, “Ela e Elas” na Cidade TV. Ilda falou sobre a importância da união entre as mulheres para combater a violência e o feminicídio, destacando a campanha “Agosto Lilás”, que é marcada pela conscientização do fim da violência contra mulher.
“A gente ver o número de mulheres serem assassinadas, estarem nas estatísticas do quadro de feminicídio, nós temos que tirar esse número de estatística tão grande e crescente de mulheres sendo violentadas, isso só vai acabar quando nós mulheres estivermos juntas”, pontuou.
A apresentadora também destacou que as mulheres precisam assumir o seu lugar no poder público.
“Nós somos 52% do eleitorado brasileiro mas em contrapartida apenas 16% de mulheres são representadas no cunho político. Não queremos tomar o espaço dos homens, ao contrário, queremos estar junto com eles para fazer a diferença e dar notoriedade às mulheres”, reiterou.
Mulheres na política
O Projeto de Lei PL 1951/2021, está em análise pelo Congresso e visa mudar a desigualdade de gênero nas eleições. O projeto prevê uma porcentagem mínima de mulheres eleitas para a Câmara dos Deputados, às assembleias legislativas dos estados, e as câmaras municipais.
É necessário que haja uma conscientização popular sobre a situação das mulheres não apenas no poder público mas no mercado de trabalho e sociedade como um todo.
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